Julie Reiner

Originally from: Hawaii
Profession: Bar owner
At: New York

Julie Reiner vem elevando o nível da coquetelaria em Nova York há mais de quinze anos, principalmente com a abertura do Flatiron Lounge (2003), do Pegu Club (2005) e do Brooklyn Clover Club (2008). Como co-proprietária e diretor de bebidas do Flatiron Lounge, Reiner pegou muita inspiração de sua terra natal, o Havaí, utilizando as frutas mais frescas, especiarias de primeira qualidade e os melhores destilados em seus coquetéis autorais. O programa de bebidas de Julie no Clover Club é altamente focado em clássicos e promove seu estilo de qualidade superior e ingredientes de naturais.

A consultoria de Julie, a Mixtress Consulting, ajuda restaurantes, bares, resorts e empresas de bebidas a criar programas de alto nível. Desde a abertura, Flatiron, Pegu e Clover recebem os melhores comentários e sempre aparecem em listas dos melhores bares do mundo. Em 2009, o Clover Club foi homenageado com o prêmio de “Best New Cocktail Lounge in the World” no Tales of the Cocktail e também já levou para casa os prêmios de “Best American Cocktail Bar”, “Best High Volume Bar” e Julie já foi premiada com “Best Bar Mentor”. As receitas de Julie já apareceram no The New York Times, New York Magazine, Food & Wine, Imbibe, The Wall Street Journal, Esquire, Playboy, Revista Gourmet, Food Arts, Bon Appetit, GQ, Fortune, Wine Enthusiast, O Magazine, Crains , Time Out NY e Time Out London, The London Times e Wine & Spirits.

Julie também foi destaque no Today Show, The Food Network, Cooking Channel, Martha Stewart Radio, CNBC, LXTV, e Fine Living Netowrk. Em 2011, foi homenageada com uma indicação ao prêmio James Beard profissional de destilados do ano.

Atualmente, ela faz parte da realeza da coquetelaria realeza de coquetel, mas deu seus primeiros passos em um bar em 1989, no Havaí, que copiava o estilo do Hard Rock Café em Waikiki, chamado Hot Rod. Apesar da localização tropical e do impacto residual do tiki - Donn Beach, um dos criadores do movimento, ajudou a introduzir o tiki nas ilhas a partir da década de 1940 e depois se aposentou lá até sua morte, coincidentemente, em 1989. Não havia nada que se assemelhasse aos coquetéis artesanais de hoje. Sour mix dominava a cena.

A família mudou para Florida e ela foi junto, estudou Comunicação. Mas, impressionada com o racismo, sexismo e homofobia, decidiu partir para San Francisco. Lá após exercitar brevemente as habilidades adquiridas com seu diploma, surgiu a primeira oportunidade real na indústria de hospitalidade no The Red Room. Foi o primeiro trabalho como bartender em uma equipe só de mulheres ("eu estava namorando a gerente que me ensinou a cuidar bar", diz ela). Próxima parada foi o Ásia SF, onde aconteceu o inverso: era a única mulher (OK, tecnicamente nascida de sexo feminino) trabalhando neste famoso bar de drags e transgêneros. "Todo o back-bar era uma pista, então eu era bartender e parte do show das drag queens. Eu ainda sou a única mulher real a ter trabalhado lá. Eu me divertia, porque os clientes nunca tiveram certeza se eu realmente era mulher ou não".

Reiner tinha 26 anos e foi em San Francisco que começou a namorar Susan. Quando ela conseguiu uma vaga na New York University, fez a malas e foi junto com a companheira.

Nova York

Foi no C3 Lounge (agora North Square), no Washington Square Hotel, onde Julie estava discretamente fazendo coquetéis com ingredientes frescos que a fizeram ser notada por um bartender especial: Dale DeGroff. "Eu me tornei a gerente do bar e trabalhava neste pequeno salão na parte de trás do restaurante. Era um bar de uma pessoa, com talvez 10 ou 12 mesas. Eu atendia as mesas e preparava os drinks, com infusões e sucos frescos. Era comum em San Francisco, mas era claramente um mercado inexplorado em Nova York e Dale, Ted Haigh, todas essas pessoas começaram a aparecer por lá". Dale então apresentou sua protegida, Audrey Saunders. Juntas trabalharam em eventos e, depois que Julie abriu o Flatiron Lounge em 2003, Audrey chamou Julie para entrar no grupo que abriu o Pegu Club em 2005.

Hoje, com o movimento da coquetelaria artesanal a todo vapor, parece difícil conciliar a cena atual de Nova York com a Manhattan de quase 15 anos atrás. Ela lembra que havia poucos bares decentes e ainda menos bons bartenders. É um cenário que torna suas conquistas ainda mais significativas.

"Os talentos simplesmente não existiam no mercado", diz ela. "Foi uma tonelada de trabalho quando abrimos o Flatiron. Foram anos de treinar pessoas e promover a partir de dentro. Eu achei mais fácil pegar um bar-back como Phil Ward (que depois sairia para abrir o Mayahuel) e transformá-lo em bartender do que contratar um pronto. A única coisa que existia naquele momento era o Milk & Honey e só Dale (DeGroff) sabia sobre ele. O Employees Only ainda não tinha aberto as suas portas, isso foi depois do Flatiron Lounge. "

Ela também reflete sobre como a localização do Clover Club (aberto em 2008), no Brooklyn, ajudou a área encontrar sua vocação como um destino para coquetéis. Agora, com os preços do imóveis em alta no bairro hipster, não é mais o lugar para comprar quando você não pode pagar o preço de Manhattan. Mas, sem dúvida, foi a liderança de Julie que abriu caminho para os diversos bares e restaurantes da região.

Claro, ela perguntou a residentes experientes do Brooklyn, como Dave Wondrich, sua opinião, mas foi Julie quem assumiu o risco: "O Clover Club foi definitivamente uma posta", ela lembra. "Não havia um bar como ele na área, mas lotamos imediatamente. A economia e o clima político criavam um desafio financeiro, todo mundo estava de olho para ver como faríamos e nós fizemos".

Julie não está pretendendo abrir novos bares no curto prazo. Mas quando ela fizer, não veremos ligas de manga, suspensórios, bigodes de fantasia, jazz e batidas secretas para entrar. Em vez disso, ela quer abrir bares que são "apenas divertidos... que não se concentram em Lei Seca ou clássicos necessariamente, mas apenas em curtir um bom momento."

Enquanto isso, ela prefere se concentrar em sua consultoria, a Mixtress Consulting.

“Muitas coisas surgiram desde o lançamento de Cherry Heering, mas nenhuma com a mesma qualidade”