5 Dezembro

O "Nobre Experimento"- a Lei Seca - chegou a um fim neste dia em 1933, quando a Câmara dos Deputados aprovou a Vigésima Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, data agora comemorada como Dia da Revogação (Repeal Day). A Lei Seca inundou os EUA com bebidas ruins, gangsters, capacitou a Máfia e custou ao governo uma fortuna em impostos.

Por outro lado, também deu origem a três grandes invenções: o cruzeiro de bebidas (booze cruise), como forma de beber legalmente fora das águas territoriais dos EUA; a sala de maquiagem (powder room), uma necessidade, uma vez que os antigos saloons não tinham banheiros para mulheres; e, é claro, os nightclubs, que foram uma evolução natural a partir dos speakeasies.

Indo mais além, graças a bebedores e bartenders americanos exilados, a Lei Seca ajudou também a criar uma revolução na coquetelaria, em países tão distintos como Itália e Cuba.

Apesar disso, a Lei Seca não morreu facilmente: ela seguiu valendo no Mississipi por mais 33 anos e ainda hoje, muitos americanos precisam cruzar fronteiras para um trago.

Por isso, temos hoje algumas sugestões de brindes.

Autumn Leaves, com rye whiskey, um destilado que desapareceu durante a Lei Seca e apenas recentemente voltou à moda.

Rum Runner batizado, como você deve saber, inspirado nos lendários contrabandistas de rum durante a Lei Seca.

3 Coquetéis da época famosos até hoje

Uum favorito do autor de O Grande Gatsby, F. Scott Fitzgerald, e muito popular durante os anos da Lei Seca, o Gin Rickey.

O Scofflaw foi criado no lendário Harry's New York Bar, em Paris. Esse era o termo dado às pessoas que não respeitavam a Lei Seca. Foi eleito em um concurso do The Boston Herald, que teve 25.000 sugestões. 5 pessoas sugeriram Scofflaw e dividiram um prêmio de 200 dólares.

O Blood and Sand foi criado em 1922 e aparece na edição de 1930 do The Savoy Cocktail Book, de Harry Craddock. Viria a se tornar um dos mais famosos coquetéis de scotch.